{Hōritsu}[Filler nº 3] Os Seis

Dois portais abriam-se, no entanto, longe um do outro, mas na mesma cidade.

Num monte perto de Karakura Town, abria-se um pequeno buraco no céu, o céu fora rasgado como se fosse uma folha, e do outro lado do céu, dentro desse buraco estava o absoluto negro. O buraco era uma passagem, para o Hueco Mundo e essa passagem não estava completamente inabitada. Saíram desse buraco dois Arrancar, pareciam-se ambos como os humanos.
-Este mundo é tão belo, a arte dele muda sempre, é como se evoluísse! O Hueco Mundo mantém-se sempre na mesma, o mesmo céu, o mesmo solo, os mesmos habitantes... Principalmente os habitantes!
Um deles ignorou o outro e apenas saltou para dentro do meio das árvores. Começou a andar, como se nada fosse. Azard, o arrancar fanático pelas artes, rangia os dentes e decidiu segui-lo.
-És como um quadro branco, Kali - Comentou este sobre o seu silencio - Precisas de personalidade, precisas de emoções, precisas de ser colorido. Sabes fazes-me lembrar um outro jovem Arrancar, jovem entre aspas, chamava-se Ulrroquiorra, ou lá como ele se chama, era a pessoa mais misteriosa que conhecia, não mostrava sentimentos nenhuns. Parece que se juntou a um exercito que já tinha meio século e depois chegaram os shinigamis e mataram todos os que pertenciam a esse exercito. Bem eu não me lembro muito bem, eu estava neste mundo a aproveitar o meu modo de vida. O que eu estou a tentar dizer é que ele acabou morto, e se me ignoras podes também acabar morto...
-Eu não sou misterioso ... E eu não estou morto...
-Fazes-me lembrar o Hueco Mundo vazio, sem emoções ... - O Arrancar ao aperceber-se que não havia mais nada a dizer, afirmou com imaturidade - Odeio-te... ODEIO-TE!
Eles continuaram a andar em profundo silêncio, apenas os barulhos da floresta se mostravam, assim se mantiveram, até Azard começar aos gritos outra vez, sobre a beleza.

No outro lado da cidade, num beco escuro, apareceram duas portas do nada e sem mais nem menos abriram-se, de lá vinha uma luz e dessa luz vinha uma sombra. Um homem de preto, um shinigami, metia os pés em Karakura Town. Ele olhou em sua volta, prédios e mais prédios o cercavam apenas, depois decidiu fechar os olhos e ouvir os barulhos que o cercavam, carros passavam de um lado para outro, pessoas dentro de casa a falar, passos e muitos outros barulhos desconhecidos ao seu ouvido. Não era a primeira vez que ouvira estes barulhos, era um facto que ele odiava tudo aquilo, ele tinha uma preferência pelo natural. O shinigami era jovem, tinha cabelo curto e preto e olhos verdes, a sua katana era maior que as regulares e esta estava presa às suas costas. Ele andou pelas ruas, para uma localização combinada, um apartamento. Entrou no apartamento e subiu ao 5º andar, a porta da casa estava aberta e diante dele estava um sofá e nele estava deitado um corpo igual ao dele, artificial, sem alma. Colado ao corpo estava uma folha de papel e nessa folha a dizer – “Ordens” – O jovem shinigami pegou nessa folha e começou a lê-la, fechando a porta do apartamento.

No lado das vivendas, vivia, não muito longe de Nimai e a sua nova companheira, uma jovem, o apartamento tinha ar de ser caro e à entrada estava uma placa a dizer “Numizaky” e dentro desse apartamento estava uma jovem com um certo “dom”, igual ao do Nimai conseguia ver os espíritos, mas já tinha conhecimento deste dom à algum tempo. Ela tinha cabelo louro e tinha 18 anos, andava sempre sorridente, parecia-se muito à sua mãe, esta que cozinhava um guisado. Ela estava em frente à televisão a ver o seu pai, o seu pai era um político de grande prestígio estava agora num debate contra o outro partido, falando sobre o que estava a acontecer no seu país.

Nimai via o mesmo debate, ele estava sentado numa poltrona a olhar para a televisão, enquanto Alehandra estava deitada no sofá grande, as palavras entediavam-lhe e não percebia maior parte dos conceitos que eram referidos, ela fechava os olhos lentamente.
-Eu não sabia que os Arrancar dormiam… - Disse ele olhando para ela
-Porque não?
-Vendo pelo lógico, os humanos só adormecem por causa do seu corpo, não conseguimos estar mais do que alguns dias acordados.
-Nós também temos um corpo, este… Além disso porque é que me estas a mostrar isto?
-Estas pessoas, políticos como lhe chamamos, são aqueles que controlam o pais…
-Reis?
-Mais ou menos isso… Eles são o maior cancro na nossa sociedade, eles são a razão de tudo estar mal, em todos os países. Conclusão, eu quero que devores as almas deles.
-Combinado – Disse Alehandra fazendo um silêncio, mas voltou-se outra vez para Nimai perguntando-lhe com curiosidade – Queres ser rei?
-Não… Quero que a injustiça neste mundo acabe, os que tem o poder só para eles o partilhe com todos. Quero que o povo tenha a escolha… A politica está corrupta, tornou-se um cancro na nossa sociedade. Nesta sociadade há três tipos de animais: Porcos, cães e ovelhas. Os porcos são aqueles que comem tudo. Cães são os que trabalham demais para atingir um objectivo
No entanto Alehandra já adormecera devido ao debate, já era tarde e Nimai decidiu também ir dormir.
No dia seguinte, era uma segunda-feira, Nimai tinha escola, este acordava às seis da manhã com o despertador. Alehandra já estava acordada, estava diante da televisão a ver os desenhos animados, sabia ligar a televisão, mas não sabia mudar o canal já que não vira Nimai a faze-lo. Nimai, ele com o seu uniforme e um casaco preto, decidiu levar Alehandra para a escola, passaram pela jovem loira e ela parou a olhar para Alehandra.

____________