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"5 anos atrás
(...)
Pai: Estivemos a falar, nós os dois, eu e a tua mãe e achamos...
Mãe: Achamos que se queres mesmo aprender, então que te iremos ensinar a seres um Quincy como o resto dos teus antepassados.
Kiyoshi: O-Obrigado! - Responde ele de seguida. Levanta-se de rompante mandando a cadeira para trás e batendo na mesa. Estava contente por os pais o finalmente perceberem.
Pai: Não agradeças já... Ainda não te ensinámos nada.
(...)"
Arredores de Karakura
Um Kiyoshi alto e moreno mostrava-se num pequeno esconderijo da sociedade. No horizonte só se viam as árvores que constituíam a floresta que envolvia o lugar e o som que se ouvia era o da água da cascata a cair no rio.
Esticou o braço esquerdo e das mangas da camisola castanha uma pulseira de prata foi revelada! Em seguida um arco longo azul e conforme a mão direita do rapaz se afastava do arco, uma flecha era formada da mesma cor. Ali estava, o próximo Quincy de Karakura...Pai - Aguenta bem o arco. Sente o Reishi à tua volta e tenta concentrá-lo e dar-lhe uma forma. Não quebres esse pensamento, é ele que irá manter o teu arco!
O rapaz assim o fez. Apesar de ter iniciado o treino à 5 anos, os seus pais primeiro introduziram-no nos costumes Quincy. Só passado um ano de estudo dos costumes e parte da ciência por trás das suas habilidades o deixaram passar à prática. Dominava já a algum tempo os básicos sobre o arco e flechas feitas de Reishi, mas praticava-os todos os dias. "
Os básicos são a base fundamental, se não os tiveres com que poderás contar quando não puderes recorrer a mais nada?", era o que o seu pai lhe dizia todas as Quintas-feiras de treino.
Como lhe tinha dito antes, concentrou-se. Sentia pequenos focos de concentração ricos em reishi ao seu redor, todas elas estavam espalhadas pela natureza que o rodeava. Para impressionar o seu pai, "pegou" em algumas dessas partículas espirituais soltas, concentrou-as e converteu-as em reiryoku e foi juntando o mesmo, pouco a pouco ao seu arco. Este começava a ganhar tamanho, crescia a um ritmo acelerado até ficar fora de controlo e se partir em vários pedaços.
Pai - Isso foi para quê? Tinha-lo perfeito! Quando é que vais aprender? O que importa não é o tamanho, mas sim a sua resistência! Volta a fazer um e aguenta-o durante alguns minutos. Depois vem ter comigo. - Acabadas as ordens, desapareceu da visão do filho com o seu Hirenkyaku.
Kiyoshi voltou a esticar o braço e concentrou reishi que o cercava. Concentrou o reiryoku que gradualmente se formava e transformava-o no seu arco. Continuou o processo até o arco estar completo e estável, chegado a esse ponto estagnou a recolha de partículas e concentrou-se apenas na energia que mantinha na mão esquerda.
Passados alguns minutos, ou o que lhe parecera ser tempo suficiente, procurou pelo seu pai. Dissipou a sua arma e tentou encontrá-lo pelo reiatsu que lhe era tão familiar. Após alguns segundos notou uma fonte de energia espiritual a alguns metros. Num passo rápido fui na sua direcção e encontrou-o a pendurar um alvo de madeira.
Pai - Já cá estás? - Perguntou admirado de o ver já ali. Desceu do escadote e um arco azul claro, mais constituido e longo que o de Kiyoshi aparecia na sua mão direita. - Já que vieste cedo vais correr um pouco.
Kiyoshi - Hã? Correr? Deixe-me só ir buscar as calças de Educação Física, que sorte ter tido isso hoje de... - Falava já de costas a ir buscar uma mala, contudo era interrompido por uma flecha que explodia mesmo à sua frente.
Pai - A próxima não falho, por isso se queres voltar para casa inteiro acho bem que comeces a correr! - A mão esquerda preparava outra flecha...
O rapaz desviou-se da flecha seguinte com um salto e balançou-se no ramo de uma árvore. Largou-a e continuou a corrida, deixando o seu pai para trás parado no mesmo sitio. Num segundo, a figura parterna aparecia dois metros à sua frente e disparava outra flecha! Teria perfurado o corpo do rapaz se ele, tal como o pai, não usasse o Hirenkyaku para sair dali.
Explosões continuavam soar dentro do pequeno agregado de árvores e do meio delas sai um Kiyoshi de camisola e calças rasgadas! Gritava na sua mente, amaldiçoando o pai por lhe ter estragado aquelas calças. Flechas continuavam a explodir no chão, percorrendo o caminho que ele acabava de pisar. Num salto, vira-se de frente para o pai e o seu arco é materializado! Com a mão direita alcança-o e o reiryoku acabado de agrupar tranforma-se numa flecha azul. Já no chão largou-a e colidiu com uma nova lançada pelo seu pai. Estiveram a lançar setas um ao outro durante alguns segundos, mas o rapaz não tinha o ritmo nem a prática do seu professor. Derrotado, enfiou o rabo entre as pernas e voltou a correr dali para fora!
Já cansado, voltou para a clareira com o seu último fôlego, quando o seu pai lhe apareceu à frente. No espaço de um segundo passou a ter uma seta mesmo em frente à sua garganta...
Pai - Coitadinho... Já morreste. - O arco desvanece-se e o rapaz aspira de alívio pelo final do exercício. - Vá voltemos para casa. Como hoje fizeste tão pouco, amanhã fazemos um pequeno treino extra depois das tuas aulas!
Kiyoshi - Ok! Amanhã a que horas?
Pai - 17:15 aqui sem falta, senão voltas a fazer uma pequena corrida de "obstáculos".
Engolindo em seco, o novo Quincy alcançava a mochila da escola e esperava pelo seu pai. Juntos voltaram para onde o carro estava parado e dirigiram-se à cidade.
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Estrear aqui a zona de Karakura...
Cumps