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 [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan

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Snow Leopard
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MensagemAssunto: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeSeg Mar 01, 2010 4:23 pm

A manhã tinha acordado escura e sombria sobre o Mosteiro em Henan. Yǒng Gǎn, que tinha ficado acordado até tarde a falar em japonês com o seu mestre de línguas, Yu Dabao, e com o seu grande amigo e colega, Yán Shí, algo que faziam muitas vezes, também em diversos idiomas, estava cheio de sono. Aliás, não só Yǒng Gǎn, mas também Yán Shi. Eram cerca de seis da manhã e estavam já eles acordados, preparados para o treino matinal e rotineiro.
O Mestre Law Ming, estava já a alinhar os vários jovens que para além de Yǒng Gǎn e Yán Shí eram órfãos, ou os pais tinha decidido deixá-los ao cuidado dos monges. Ao total eram cerca de vinte e três crianças, adolescentes e jovens.

Nesta altura o nosso protagonista tinha dezasseis anos, e treinava todos os dias no Mosteiro com os outros jovens. Ele não era dos melhores em força bruta, mas em termos de combate não era nada mau. Aliás, de entre todos aqueles que lá estavam, ele só perdia contra dois ou três. Sabia manejar inúmeras armas, desde o Bo (a sua arma predilecta) aos Nunchakos, e até outro instrumento qualquer que não fosse arma. Nas mãos de qualquer um daqueles jovens, um simples e inofensivo objecto poderia tornar-se uma arma letal e mortífera.

Voltando ao Mestre Law Ming, o responsável pelo treino físico de todos os rapazes, pode dizer-se que era um homem já a caminhar para o velho, cuja total pujança física estava já em decadência. Apesar disto, a sua ferocidade e empenho em fazer os jovens matarem-se logo pela manhã em exercícios físicos não esmorecia. Antes pelo contrário. Quanto mais para velho ele caminhava, mas o ouviam gritar e puxar por eles. Yǒng Gǎn nunca havia gostado muito dele, mas respeitava-o.
- Toca a mexer meninas! Vá! Todos alinhados para começarmos!
- Bolas! Devia ter ficado na cama em vez de vir para aqui aturar o Ming – disse Yán Shí.

Yán Shí era um rapaz com quem Yǒng Gǎn se dava muito bem. Estavam sempre juntos e eram quase que como irmãos. Ambos gostavam de estudar línguas estrangeiras e até línguas que já tinham caído em desuso, como latim, ou grego antigo, por exemplo. Por isso, sempre que tinham um tempinho livre iam ter com o seu Mestre de línguas, Yao Dabao para que este lhes ensinasse mais qualquer coisita. Yán Shí era órfão e vinha de um bairro problemático de uma província problemática da China. Perdera o pai, com quem vivia, aos seis anos, num tiroteio, fruto de uma bala perdida. Então foi trazido para Henan para ser instruído e educado. Mas sempre fora um rebelde e indisciplinado. Fora isso, era um rapaz encantador, sempre alegre e disposto a uma bela zaragata. Adorava mandar a sua piada, faltando muitas vezes ao respeito aos mestres. A sua relação com Yǒng Gǎn era de respeito, amizade e camaradagem. Ambos os sentimentos recíprocos, pois Yǒng Gǎn também gostava muito do seu camarada Yán Shí. Yán era mais alto que Yǒng Gǎn e mais encorpado. Em termos de força física, era mais bem servido que Yǒng Gǎn, mas no que toca a habilidades de combate Yǒng Gǎn era mais dotado.

- Sim, a ver se à tarde dormimos a siesta – gracejou Yǒng Gǎn.
- Ya, convidávamos a Chen para se juntar a nós, ah, ah, ah! – disse Yán Shí referindo-se à senhora que passava pelo Mosteiro de vez em quando para doar comida e roupas velhas e que, diga-se de passagem, era toda jeitosa.
- Yán! Respeito pá.
- Ah, ah, ah, ah! Descontrai Pedro…
- Não é para descontrair seus preguiçosos! Já mandei aquecer! - era o Mestre Law Ming, já se está a ver – Para não estarem aí de conversa fazem o exercício que os outros vão fazer, mas a triplicar e só podem fazê-lo durante o mesmo tempo que os outros!
E afastou-se.
Bonito – disse Yǒng Gǎn – o que vale é que o primeiro exercício é sempre mais leve.

E assim começou um dia em Henan

Depois de saírem dali foram todos tomar banho e preparar-se para o pequeno-almoço. Já na cantina, viram o Mestre Yao Dabao e foram ter com ele.
- Olá Mestre, – saudou Yǒng Gǎn – tal foi essa noite?
Convém referir que Yao Dabao tinha mandado a Yǒng Gǎn falar em português sempre que se dirigisse a ele
- Olá Pedlo e Yán!
- Olá Mestre – disse Yán, que também sabia falar português. Aliás, Yán tinha um invulgar jeito para as línguas e conseguia falar qualquer uma que aprendesse sem sotaque que se notasse.
- Então e os jovens, gostalam do aquecimento do Mestle Ming?
- Adolámos Mestle Dabao! – disse Yán, mandando a sua piada.
- Sim, mas foi um pouco puxado, tivemos que fazer as coisas a triplicar – replicou Yǒng Gǎn, tentando desviar a atenção do Mestre da piada que o amigo tinha mandado para o ar.
- Sim, tudo tlipicado e a tlipical! – voltou Yán.
Por sorte que Yao Dabao não percebeu, ou fingiu não perceber, por isso continuou:
- Pois… Sem esfolço não se safam amigos. Agola vão pala os vossos lugales pala comelem e estalem plontos pala um novo dia.
E assim o fizeram, sentando-se nos seus lugares.

- Estou a molel de fome! – continuava Yán sempre todo zombador.
- Tens que ter mais cuidado com a língua, meu. Se o Dabao lhe dá para implicar contigo corta-te os L’s todos – depreciou Yǒng Gǎn.
- Relaxa Pedro, o gajo é uma paz de alma.
- Lá estão vocês a falar essa língua estranha – disse uma menina de oito anos que estava sentada ao lado de Yǒng Gǎn, com um grande sorriso na cara.
Era a Ziyi, uma menina que vivia com a família na vila, mas que estava lá sempre com eles a treinar e a ser educada pelos monges. Ao mesmo tempo, era muito amiga dos dois rapazes. Eles diziam que ela era a sua “protegida”.
- Não fofinha, não é uma língua estranha. É português, a língua que se fala na terra de onde veio a minha mãe. E como o Yán também sabe falar metemo-nos a dialogar assim para ganharmos prática – disse Yǒng Gǎn com um sorriso bondoso na cara.
- Qualquer dia nós ensinamos-te algumas palavras, para poderes chamar nomes aos mestres sem que eles percebam – disse Yán, fazendo com que a menina se desatasse a rir às gargalhadas.
- Prometem?
- Prometemos – garantiram os amigos.

Tomaram o seu pequeno-almoço e depois encaminharam-se todos para o pátio interior, onde iriam ter o treino de armas, com o Mestre Zhang Chiu-Wai.
Estavam a desenvolver competências no manejo de várias armas e todas as semanas iam trocando de arma, cada um com o seu tipo de arma e cada dia lutando com um adversário diferente. Yǒng Gǎn estava nessa semana com uma Jian, também conhecida por Espada Chinesa, e o seu oponente nesse dia, por sorte, era o seu amigo Yán Shí, que nessa semana estava com uma arma que era pouco maior que ele. Era uma espécie de alabarda, com uma meia-lua perto da lâmina, cujas pontas estavam viradas em direcção à lâmina, e outra meia-lua na extremidade oposta à da alabarda, cujos bicos estavam virados na direcção contrária aos bicos da outra meia-lua.
- Plepala-te pala soflel como nunca antes sofleste, Pedlo! Muahahahaha!
- Vamos lá ver quem ganha desta vez, eh, eh – foi a resposta de Yǒng Gǎn a Yán.
E começaram o duelo. A arma de Yǒng Gǎn era de fácil manuseio, por isso não tinha grandes dificuldades no seu controlo, ao invés da arma de Yán, que era uma arma pesada de duas mãos, precisando-se de muita força para manuseá-la. Além disso, a Jian permitia confundir o adversário com o adorno que tinha no cabo, dificultando a percepção do movimento da lâmina.

Depois dos primeiros golpes trocados começou-se a ouvir um barulho estranho ao longe. Pararam de lutar.
- Ouviste? – perguntou o Yán.
- Sim. Mas o que seria? – respondeu Yǒng Gǎn.
- O que estão vocês a fazer parados, jovens? Vá! Afinco nisso! Quero ver como te moves com isso Shí – disse o Mestre Chiu-Wai, aparecendo ao pé deles.
- Mestre, não ouviu este barulho? – perguntou Yǒng Gǎn.
- Que barulho?
- Não sei, parecia uma espécie de rugido, mas não é de nenhum animal daqui da zona que eu conheça…
- Não ouvi nada, Yǒng Gǎn. Deves estar com alucinações.
- Mas eu também ouvi Mestre – disse Yán.
- Claro que ouviste, tu ouves tudo… Até o que não deves – disse Chiu-Wai em tom de brincadeira. Acima de tudo, o Mestre Zheng Chiu-Wai adorava o bom humor. Era por isso que gostava tanto de Yán.
- Não estou a brincar Mestre! Parecia o rugido de uma fera! – contestou Yán com uma cara séria, algo raro nele.
Entretanto, assomara-se à porta do pátio o Mestre Leung Dao, actual director da secção de instrução do Mosteiro, para ver se tudo estava a correr bem. Nos seus braços vinha o gato que sempre o acompanhava para todo o lado.
- Bom dia Mestre Leung Dao! – disse o grupo de jovens em coro.
O monge nada disse, fez um leve aceno de cabeça e retirou-se.
- Aí tens a tua fera, Yán! Ah, ah, ah! – riu-se Chiu-Wai, referindo-se ao gato de Leng Dao.
Yán ía começar a contestar, mas foi interrompido por um ruído de pancada vindo do telhado. Este barulho, Chiu-Wai já ouviu.
- Olá! Que vem a ser isto? Vou lá fora averiguar – disse o Mestre de Armas.
Mas não teve tempo de sair. Apenas teve tempo para se desviar do tecto que estava a cair. Por todo o lado se viam lascas de madeira, palha. Mas por sorte todos os jovens conseguiram desviar-se. Apenas alguns ficaram com fracturas e alguns escaparam-se com arranhões apenas. Yán estava ileso, sem nenhum arranhão. Já Yǒng Gǎn tinha ficado com um grande arranhão no braço esquerdo.
- Mas que…
Ia começar a dizer Chiu-Wai, mas a sua voz foi abafada por um rugido grotesco e medonho que deixou Yǒng Gǎn arrepiado como se de um arrepio de frio se tratasse. Então, ele e Yán viram-na. Uma criatura que nunca antes tinham visto. Tinha a forma de um homem, mas não tinha roupas nem sexo, e a sua pele tinha uma tonalidade cinzento arroxeado. Tinha mãos enormes sem polegares. Havia um buraco no meio do seu peito e, na cabeça, havia uma espécie de capacete branco com olhos, e boca com dentes serrilhados.
- Muito bem, é melhor sairmos todos daqui. Estou farto de dizer ao Leung Dao que precisamos de obras, mas o gajo nunca ouve, vamos lá ver se desta vez ele me dá ouvidos. Os saudáveis que tirei o pessoal com fracturas, quero tudo a mexer, vá, vá! Andor!
Yǒng Gǎn olhou para o seu Mestre incrédulo. “Será que o gajo não vê o que ali está!?”. Na verdade, mais ninguém para além dele parecia ver aquilo para além dele próprio… e de Yán.
- Parece que eles não conseguem ver a criatura – disse Yán – temos que a destruir, não sei porquê, mas ela não me parece amistosa.
Então, os dois fingiram estar também a preparar-se para sair, mas assim que apanharam a sala vazia voltaram-se para trás para encarar o monstro.

Yǒng Gǎn já empunhava a sua jian, enquanto Yán Shí pegava na sua alabarda.
- Pedro, tu distrai-lo enquanto eu tento alvejá-lo, já que a minha arma consegue dar golpes mais mortíferos.
- Ia propor-te isso mesmo, amigo – disse Yǒng Gǎn enquanto saltava para cima do oponente, atraindo toda a sua atenção para si.

Enquanto a criatura ía dando socos que Yǒng Gǎn conseguia defender, Yán Aproximava-se sorrateiramente da criatura. Mas esta nunca estava quieta, movimentando-se e dando saltos de um lado para o outro do pátio ficando lá breves minutos a defrontar Yǒng Gǎn, dando de novo um salto para outro sítio qualquer do espaço.
Yán estava com dificuldades para se chegar perto do bicho sem ser notado, até que decidiu lixar-se para a descrição e juntou-se a Yǒng Gǎn na luta contra o monstro.
- Estava a ver que nunca mais! – dizia Yǒng Gǎn.
- Pois, eu achei que estavas a fazer um mau trabalho ao distraí-lo, por isso vim ajudar-te a fazê-lo, eh, eh, eh! – gracejou Yán.
Entretanto, os dois juntos estavam a conseguir dominar o mostrengo até que Yán conseguiu bloquear-lhe um soco, dando a oportunidade de Yǒng Gǎn amputar-lhe o braço, deixando a criatura louca de raiva.
Então, aconteceram várias coisas ao mesmo tempo.

[AS CENAS QUE SE SEGUEM PODEM FERIR MENTES MAIS SUSCEPTÍVEIS]

Enquanto Yǒng Gǎn cortava o braço ao monstro, apareceu na sala a Ziyi. O monstro com o qual os dois jovens estavam a lutar, furioso pelo braço perdido e frustrado pelo insucesso das suas investidas contra os rapazes, decidiu mudar de alvo saltando para o outro lado da sala, exactamente onde estava Ziyi. Então, pegando na cabeça da criança com a mão que ainda tinha, o monstro esmagou-lhe a cabeça, roubando-lhe a vida.
Depois largou-a, e o seu corpo caiu inanimado no chão.

Aquela criatura tinha morto Ziyi.

Yǒng Gǎn sentiu a raiva a crescer dentro de si. De repente, a temperatura do compartimento desceu drasticamente. Então, partiu em grande velocidade em direcção ao monstro, empunhando a jian e gritando de fúria, preparado para o castigar por aquilo que ele havia feito. Ao aproximar-se levantou a espada e baixou-a descontroladamente, desferindo um golpe potentíssimo no outro braço da fera. A espada atravessou o braço da criatura como uma faca atravessa manteiga, deixando-a sem o braço que lhe restava. Mas esta deu um pontapé no punho de Yǒng Gǎn, conseguindo quebrar-lhe os ossos da mão, fazendo com que este largasse a espada e caísse ao chão, gritando de agonia. Então, quando o monstro estava prestes a dar uma dentada com a sua boca enorme em Yǒng Gǎn, Yán Shí, que tinha aparecido por trás do bicho, desferiu-lhe um golpe com a ponta da sua alabarda na zona da nuca, fazendo o monstro evaporar-se e desaparecer.
Então, quando Yán estava com a arma espetada no monstro que desaparecia, entrou uma comitiva com vários dos monges do Mosteiro, entre eles: Yao Dabao, Law Ming, Zheng Chiu-Wai e Leng Dao, o director do Departamento de Educação do mosteiro.
Todos eles olharam para o corpo de Ziyi no chão, abrindo a boca de choque, olhando depois para Yán Shí com uma alabarda ensanguentada na mão e depois para Yǒng Gǎn (no ângulo em que eles estavam, se tirarmos o monstro da cena, já que os monges não conseguiam vê-lo, parecia que Yán Shí estava a preparar-se para desferir um golpe de alabarda em Yǒng Gǎn). Ora, os monges apenas somaram dois e dois:
- Yán! – disse Yao Dabao, o seu mestre de línguas, chocado.
Só então é que os rapazes repararam que o compartimento estava cheio de gente. Ainda estavam ambos em choque com o que tinham acabado de ver. A Ziyi estava morta! Como era possível?
“Porquê? Não devias ter vindo para aqui Ziyi”. A Yǒng Gǎn só lhe apetecia gritar, correr dali para fora, mas não conseguia mexer-se. A mão doía-lhe. Provavelmente nunca mais conseguiria empunhar uma espada, pois a sua mão poderia não voltar a ser a mesma. Mas isso de momento não era importante, Ziyi estava morta. Nunca mais ía ouvir a doce gargalhada da menina. Nunca iria ensinar-lhe palavras em português, como havia prometido. E a sua família? Iria ficar destroçada quando soubesse da notícia. Porque é que havia isto de ter acontecido? E só porque ele não tinha sido capaz de a proteger a tempo.
- O que é que fizeste, Yán Shí!?
Yǒng Gǎn foi acordado do seu transe emocional por um berro vindo da boca de Leng Dao.
- O que é que fizeste, Yán Shí?
Yǒng Gǎn viu a cara lavada em lágrimas de Yán virar-se para o director com um ar assustado, como se tivesse também sido arrancado dos pensamentos em que estava envolvido.
- O… O que… fiz?
- Tu mataste esta menina! E preparavas-te para matar Yǒng Gǎn! Tens noção daquilo que fizeste? Daquilo que causaste? As consequências que sobre ti advêm?
- Eu…?
Yǒng Gǎn estava a ouvir aquilo mas não estava a perceber. Yán tinha acabado de o salvar de um monstro horrível, como poderia estar o Mestre Leng Dao acusá-lo de ele estar prestes a matá-lo? E estava também a acusá-lo de ter morto a Ziyi. Mas tinha sido ele a vingar a morte da menina. O que se estava a passar ali? Será que Leng Dao não tinha visto o monstro?
Tentou levantar-se, mas Yao Dabao, que se tinha aproximado dele, não o deixou.
- Mataste Ziyi Fa e tentaste matar Yǒng Gǎn, nega-lo?
- Claro! Eu seria incapaz de os matar! São tudo o que de mais precioso tenho na minha vida!
- Não mintas rapaz! Todos nós vimos-te com a arma na mão. Tu mataste-a! E vimos-te apontar a arma a Yǒng Gǎn, preparado para o matar!
O pátio encheu-se de “sim!”, “nós vimos!”, “não mintas!” e afins.
- Mas ele não fez nada! – disse Yǒng Gǎn.
Mas ninguém o ouviu. Estavam mais preocupados em culpar Yán, do que ouvir a verdade, ou procurar deduções lógicas para a morte de Niyi. Se bem que aparecer um monstro que a matou não seja uma dedução muito lógica.
- Não foi ele, foi aquela criatura! – ía dizendo Yǒng Gǎn, mas ninguém o ouvia.
Voltou a tentar levantar-se, mas o esforço foi demais para o seu estado psicológico e físico, acabando ele por desmaiar, ficando tudo escuro e silencioso.


Sentiu-se quente e confortável. Onde estaria?
Abriu os olhos e viu que estava na sua cama, no quarto que partilhava com Yán. Olhou para a cama vazia que estava ao seu lado, à espera de ver Yán, mas este não estava lá. Foi então que se lembrou dos acontecimentos antes de ter desmaiado e pôs-se de pé num salto, sentindo uma dor na mão direita. Estava a encaminhar-se para a porta, quando esta se abriu, aparecendo Yao Dabao.
- Mestre! O Yán!? Onde está ele? O que lhe fizeram?
Estavam a falar mandarim, ao invés do habitual português.
- Calma Yǒng Gǎn. Tanto quanto sei, o Yán está bem. Foi banido de Henan.
- O quê!? Mestre, ele não fez nada!
E contou-lhe o sucedido.
- Sabes, Yǒng Gǎn. Por mais disparatada que seja a tua história, as coisas batem certo. As marcas no solo, rachas nas paredes e outras coisas na sala indicam uma luta a três. Além disso, seria impossível que algum de vocês conseguisse fazer aquilo à pobre Ziyi.
- A Ziyi! O que vai acontecer agora?
- Não há muito que possa acontecer agora, infelizmente – disse o ancião com tristeza – O funeral dela é amanhã.
Yǒng Gǎn baixou a cabeça, sentindo uma enorme tristeza dentro de si. Sentia-se isolado do resto do mundo. Perder os seus dois melhores amigos no mesmo dia era algo muito além da dor física. Parecia algo que nenhum humano poderia suportar. Tanto Niyi, como Yán, eram como irmãos para Yǒng Gǎn.
- Mas se sabiam que nenhum de nós poderia ter feito aquilo à Niyi, porque é que expulsaram o Yán?
- Sabes como é o Leng Dao. Ele é muito orgulhoso e, ao ver que estava a cometer um erro ao acusar o Yán, não quis dar o braço a torcer – disse sabiamente Dabao - É certo que não o levou a julgamento popular, mas não tentou procurar a verdade, querendo resolver logo as coisas na hora. Assim, não teria que engolir o próprio orgulho ao pedir desculpas a Yán.

Yǒng Gǎn estava a olhar para o vazio, sentindo-se triste e revoltado. Então, Yao Dabao, falando em português, disse-lhe:
- Não te pleocupes. O Yán ficalá bem, tenho a celteza. O que tivel de vil, vilá, e cleio que ainda havemos de cluzal os nossos caminhos com ele.
“O Mestre Dabao”, pensou Yǒng Gǎn, “tem mesmo o dom da palavla… palavra”.
De alguma forma, as rudes palavras do seu mestre deixaram Yǒng Gǎn aliviado. Contudo, desde esse dia, Henan nunca mais viu o sorriso de Yǒng Gǎn.


Última edição por Snow Leopard em Seg maio 10, 2010 8:37 am, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeTer Mar 02, 2010 10:48 am

Muito show, cala!!!

A palte do monstlo lutando contla os dois é muito legal.

continue assim com o bom tlabalho.

( Dloga, só falta eu fical falando asim o tempo todo )
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeTer Mar 02, 2010 12:27 pm

xDDD

Obrigado Silver ^^
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeTer Mar 02, 2010 12:41 pm

Ó não, cabeças esmagadas e sangue pelo chão.

Vou ter pesadelos de noite.

Bom filler, Snow.
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeTer Mar 02, 2010 12:43 pm

Pois, eu estava para fazer algo mais macabro, mas acabei por decidir não fazê-lo, também por causa da limitação física do hollow. Custou-me um pouco matar a miudita, mas pronto... Todos acabamos por morrer, não é? xD


Última edição por Snow Leopard em Ter Mar 02, 2010 1:33 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeTer Mar 02, 2010 12:47 pm

Esse ultimo comentario foi sinistro e fiquei um pouco assustado, mas estamos falando de bleach.
Aqui a morte não é o fim.
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeTer Mar 02, 2010 1:34 pm

lOOOl xD

Ya, mas em Bleach também há cenas sinistras Wink
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeQua Mar 03, 2010 9:54 am

SUGOIII! *__*

Adorei! Só tive pena da miúda, mas prontes eu sou um bocado pó mórbida e por isso adoro este género de filler. Very Happy

Continua! ;3
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeQua Mar 03, 2010 10:22 am

Obrigado Tixa =]

Agora estou com preguiça de escrever o próximo xDD
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeQua Mar 03, 2010 1:05 pm

Já não basta matares a rapariga, ainda lhe mudas o nome, a meio da história, de Ziyi para Niyi? xD

Nice filler, continua ^^
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitimeQua Mar 03, 2010 2:20 pm

lOOOOl! Nem tinha reparado xDDD

Ainda bem que viste. lOl
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MensagemAssunto: Re: [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan   [Filler 6º - Yǒng Gǎn] Um dia em Henan Icon_minitime

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