Tohma acorda deitado numa cama de hospital, ao olhar em volta ele encontra Tomoyo e Miroki sentados num banco no canto da sala, estavam apoiados um no outro, em sono profundo.
- Então já acordou, estavam todos preocupados. – era Ayu, enfermeira do centro clinico, Tohma se assustou um pouco por não ter percebido sua presença, ela estava retirando algumas faixas que cobriam seu braço, teve certa apreensão em olhar os ferimentos, pois participara de uma difícil batalha em um vulcão, onde um amigo seu sumira, mas ao olhar os ferimentos ficou surpreso, não havia marcas, seu braço estava intacto, então começou a repara que nenhuma parte de seu corpo doía.
- Como eu posso estar tão bem, eu estava sangrando até a morte, não estava? – pergunta Tohma para Ayu.
- Agradeça a Miroki, ele tem uma grande habilidade, ficou curando você a noite inteira. – responde Ayu.
- Habilidade? Pensei que ele fosse um novato, ainda esta no primeiro Chyadou, não é?
- Sim, ele esta, mas me refiro a outra habilidade, uma outra fonte de poder, algo mais poderoso – diz Ayu olhando para Miroki com certo orgulho.
Então Tohma percebeu que Miroki segurava a sua zanpakutou, será que essa é a tal fonte de poder?
Ayu caminhou calmamente até os dois irmãos que dormiam, acordou primeiro Tomoyo, que foi logo correndo abraçar Tohma, agora sentado em cima da cama.
- Você esta bem? Ainda está ferido? Esta sentindo alguma coisa? – pergunta Tomoyo preocupada.
- Eu estou ótimo, graças ao seu irmão. – responde Tohma, deixando Tomoyo aliviada. Miroki aparece ao lado dela, olhando com satisfação para Tohma e dizendo:
- Cara, eu sou realmente bom.
- Ta certo, depois me conta como você adquiriu essa habilidade incrível para cura. – responde com certo sarcasmo ao comentário de Miroki.
- Bom eu tenho que voltar para meu esquadrão, tenho uma missão pela frente. – diz Tomoyo.
- Se cuida. – diz Tohma.
- Melhor que você. – diz Tomoyo e depois beija a lateral de sua face e ele diz:
- Assim eu espero.
Tomoyo sai da sala junto com a Ayu. Então duas pessoas entram na sala, uma delas era Mika, que tinha um sorriso no rosto e o outro Tohma não reconheceu.
Era um jovem um pouco mais baixo que Mika, seu andar era leve, quase gracioso, havia certo contraste entre Mika e o jovem estranho.
- Ora, acordou da soneca, bela adormecida. – diz Mika caçoando da cara de Tohma, no que ele responde:
- Claro, com um barulho de um boi andando no corredor, quem não ia acordar? – responde Tohma a provocação.
- Hum, bom vim aqui só para dar uma olhada, e também aproveitar e lhe apresentar um amigo do sétimo esquadrão, Lu Xun.
- É um prazer conhece-lo, Hanato-san, ouvi muito a seu respeito.
- O prazer é meu e espero que o que você ouviu não tenha vindo da boca dela. – diz Tohma apontando para Mika.
- Não foi preciso que ela falasse, os comentários sobre o que aconteceu naquele vulcão são fortes, mas agora tenho que ir – e dizendo isso se virou para Mika – vamos?
- Er, ha, claro; até mais, Miroki, Tohma. – e dizendo isso, saiu andando junto com Lu Xun.
Tohma fica olhando para a porta e comenta com Miroki:
- Esse cara não parecia, sei lá, estranho?
- Você se refere ao jeito meio, hã, gracioso?
- Começando por aí.
- Não sei, só não diz isso para Mika.
- Por que?
- Por que ela ta caidinha por ele.
- É serio?
- É sim, e pelo jeito, ele também ta interessado nela.
- Isso explica.
- Explica o que?
- O comentário sobre o vulcão, me atingiu em cheio.
- Pois é, você mexeu com quem não devia, a indefesa Mika.
Os dois riram juntos, mas logo pararam e Miroki falou:
- Não foi culpa sua aquilo que aconteceu no vulcão.
- Talvez, mas ele me empurrou para fora do vulcão, ele podia ter se salvado, droga, ele foi um tolo.
- Mas para Tomoyo, ele foi um herói.
Essas palavras mexeram com Tohma, afinal, havia pessoas importantes que se preocupavam com ele, mas ao pensar nisso, lembrou qua havia pessoas importantes para Jon.
- Alguém já avisou aos amigos de Pah Jon sobre o ocorrido? – pergunta Tohma.
- Claro, afinal já se passaram dois dias desde o ocorrido, as noticias correm rápido.
- Mas não acharam ele, nenhuma pista?
- Nada, ele sumiu.
- Bom isso quer dizer que ele ainda está vivo.
- Talvez você tenha razão, mas já estão cogitando em fazer uma espécie de funeral, se por acaso não tiverem noticias ou pistas de que ele esteja vivo.
- Façam como querem, eu não vou acreditar nesse funeral.
Os dias passaram, não ouve noticias de Pah Jon, então fizeram um funeral simbólico no quartel do oitavo esquadrão. Havia varias pessoas presentes, Kanzaki Naomi, Tsukamoto Susara, Kagemori Enzo, entre outros.
E um pouco afastado estava Tohma junto de Tomoyo, eles observavam as pessoas que sofriam pela perda recente, mas Tohma sentia que Jon ainda estava vivo.
- Tohma, não sofra tanto, ele salvou você por que queria e não por obrigação. – dizia Tomoyo, tentando consolar Tohma.
E Tohma afagando o rosto de Tomoyo responde:
- Eu sei disso, e também sei que ele esta vivo, pois quando eu encontrar os desgraçados daqueles ibara ou seja lá qual for o nome que usem, eu vou encontrar Jon. – e dizendo isso caminhou com Tomoyo para longe do funeral.
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