[Filler 2º - Yǒng Gǎn] Uma cidade estranha

À medida que avançava por Karakura adentro, Yǒng Gǎn apercebeu-se de uma série de presenças estranhas na cidade. Não sabia dizer como as sentia nem se eram pessoas ou animais. Nem mesmo sabia se estas presenças eram reais.
A dada altura ele tirou um papel do bolso com a indicação do sítio que procurava. “Clínica Kurosaki” era o que lá estava escrito. “Que nome estranho, Kurosaki”, pensou ele. Lá, tinha que procurar por um tal de Kurosaki Isshin, o responsável pela clínica, ao que tudo indicava.
Felizmente para Yǒng Gǎn, o seu mestre de línguas, Yao Dabao, não só o ensinou a falar português, como japonês, nepali, bod skad, e uns toques de inglês. O mandarim aprendeu naturalmente, uma vez que era o idioma que o rodeava. Assim, não teve dificuldades em pedir indicações às pessoas.
Cerca de um quarto de hora depois, ele contemplava a frente da Clínica Kurosaki. Mais parecia uma casa geminada que outra coisa, contudo avançou para a porta, mas constatou que esta estava fechada. Procurando por mais informações nos folhetos da porta viu o horário: “9:30-12:30/14:00-19:00”. Consultou o relógio de bolso que lhe foi oferecido em Henan e constatou que realmente faltavam uns três quartos de hora para reabrir.
Assim sendo, e como já tinha fome, procurou por um restaurante ou um café ali perto. Encontrou um café chamado “U.S.A. All-Star’s”. Sentou-se na esplanada e esperou que o viessem atender. Chegou um empregado todo sorridente e perguntou:
- É para almoçar?
- Sim – disse Yǒng Gǎn -, o que tem que se coma?
- Tenho o menu, se quiser ver. É mais fácil escolher assim.
- Pode ser, mostre lá isso.
O empregado sacou de uma carta de debaixo do braço, entregou-a a Yǒng Gǎn, fez uma vénia e retirou-se enquanto dizia:
- Escolha à vontade que eu volto já para atender o seu pedido.
Yǒng Gǎn olhou para o menu que estava todo escrito em inglês. Franziu o sobrolho e foi vendo a inúmera quantidade de porcarias que lá estavam escarrapachadas no papel. “Bem, se calhar é melhor pedir uma salada que o caso está mal parado”, pensou.
O empregado voltou e disse:
- Já escolheu?
- Sim. Quero uma salada de salmão, se faz favor – respondeu.
- Com certeza, sai daqui a 5/10 minutos.
O empregado retirou-se deixando Yǒng Gǎn a ver as modas. “Realmente, isto está muito parecido com a decadência de Hong Kong. Mas neste caso, parece que afectou o Japão inteiro. Reles colónias dos americanos, é o que são todos eles. Espero não me demorar muito nesta cidade e neste país. Quero voltar a Henan”, pensava ao observar prédios altos e o próprio café onde estava.
Reparou que algumas pessoas estavam a olhar para ele, com aquelas roupas de viajante, e para o seu bo.
O empregado voltou com uma bandeja onde estava a salada. Pousou o prato e disse:
- Bom apetite!
Quando este se começou a ir embora, Yǒng Gǎn reparou que não tinha pauzinhos para comer. Ao invés disso tinha duas ferramentas estranhas. Uma delas assemelhava-se a uma forquilha muito pequena com quatro dentes. A outra era um wanna be faca mas com um leve serrilhado no lugar onde deveria estar a lâmina. “Só me faltava mais esta”, pensou. Antes que o empregado se fosse embora, ele chamou-o:
- Óhh, psst’ói! Não há pauzinhos para uma pessoa comer?
- Não temos pauzinhos, só talheres.
- Ai, ai… Está bem, deixe lá então. Obrigado.
Achou aquilo muito estranho de se utilizar, mas lá se adaptou. Acabou de comer, deu ao empregado algumas das moedas do fundo da sua bolsinha e retirou-se.
Voltou a caminhar em direcção à Clínica Kurosaki consultando o relógio e constatando que esta já devia estar mais que aberta. No caminho ía fazendo contas à vida: “Tenho que começar a poupar, senão fico sem moedas. Começarei a caçar para comer, assim poupo uns trocos”.
Quando lá chegou viu que a porta ainda estava fechada. Avançou e viu que também a clínica estava fechada. “Bolas, que faço agora?” Então, viu um rapaz de cabelo cor-de-laranja, com umas vestes pretas e uma espada enorme às costas a entrar pela porta da frente da propriedade sem a abrir, limitando-se a saltar por cima deste. O miúdo continuou a andar e não ligou nenhuma a Yǒng Gǎn, dirigindo-se à porta da casa.
Antes que ele lá chegasse, Yǒng Gǎn perguntou-lhe:
- Hey, miúdo, porque é que a clínica está fechada?
O rapaz ficou a olhar para ele com uma cara de espanto e depois olhou para trás de si mesmo e, não vendo ninguém, encolheu os ombros e continuou a andar como se nada tivesse acontecido. Então, Yǒng Gǎn disse:
- Estou a falar contigo. Vês aqui mais alguém?
- Tu consegues ver-me? – perguntou o rapaz olhando para ele.
- Claro que te consigo ver – respondeu Yǒng Gǎn com estranheza – Porquê? Era suposto seres invisível? – já em tom de brincadeira.
- Quem és tu? – perguntou o jovem – És um Plus? E o que é isso que tens nas costas? – apontando para o bo
- Um Plus? – questionou Yǒng Gǎn.
- Sim, uma alma – retorquiu o gaiato.
- Sentes-te bem? – interrogou enquanto pensava: “Esta cidade está frita do juízo!”
De repente, o rapaz tira a espada dele das costas e espeta o fundo do punho na testa de Yǒng Gǎn.
- O que estás a fazer? – disse irritado enquanto tirava o seu bo das costas – Apenas quero saber porque é que a clínica está fechada. Se não paras de te armar em parvinho com essa história de espíritos e continuares a empunhar essa espada eu serei teu adversário.
- Espera lá – disse o menino enquanto saltava para a janela do quarto, descendo pela mesma já com outra roupa e sem a espada – Eu…
O rapaz ía dizer algo, mas foi interrompido por um valente pontapé na cabeça dado por um homem que parecia ter quase uns 50 anos.
- Tens que estar mais atento ao que te rodeia Ichigo! Assim o inimigo dá cabo de ti num ápice! – disse o homem a sorrir maliciosamente.
Ao reparar em Yǒng Gǎn, o homem disse:
- Ahh, o senhor queria vir à clínica? Lamento, mas hoje é Domingo. Aos Domingos fecha tudo. Mas se for uma urgência ajuda-lo-hei com todo o empenho.
- Eu não queria vir à clínica devido a um problema de saúde, mas sim para falar com o Kurosaki Isshin. Ele está? – explicou Yǒng Gǎn.
- Sou eu mesmo, mas hoje não me daria muito jeito. Se não se importar passe por cá amanhã.
- Era muito importante mas, se não pode ser hoje, aguardarei por amanhã.
- Muito bem, apareça aqui às 10 da manhã para termos essa conversa. Como é feriado não vamos estar abertos.
- Muito bem. Até amanhã então.
E retirou-se da presença destes, para procurar por um sítio onde ficar a noite.

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É só para avisar que o filler é grande

Snow Leopard escreveu:

O rapaz ía dizer algo, mas foi interrompido por um valente pontapé na cabeça dado por um homem que parecia ter quase uns 50 anos.
- Tens que estar mais atento ao que te rodeia Ichigo! Assim o inimigo dá cabo de ti num ápice! – disse o homem a sorrir maliciosamente.

Isshin rullez!

Não achei muito grande e lê-se bem, continua

P.S.: Só um pormenor com pouca importância, no RPG o Ichigo já tem 25 anos por isso já não é propriamente um menino

Ya, aqui não está muito grande, mas no word íam umas três páginas, por isso até pensei em dividir, mas prontes Estou é a fazer fillers a mais já, tenho que ver se vou directo ao assunto que daqui a bocado acabo com a história do gajo e ainda nem um treino fiz, lOl.

Obrigado =]

Ya, eu fiquei a pensar no pormenor da idade do Ichigo, mas depois não dei muita importância. E já agora aproveito para pôr isso em questão: Nesta altura o Ichigo já não seria estudante, ou seria? Já trabalha? Sim? Onde? Na clínica?

Não faço a menor ideia se ele trabalha ou não... por mim até poderias colocá-lo a trabalhar na clínica mas antes de fazeres isso é melhor falares com o itachi dattebayo porque ele reservou o Ichigo há já algum tempo e pode ter algo planeado para ele.

Não o pretendo usar muito mais, mas obrigado na mesma