Em uma tarde que fazia muito frio, no 38º Rukongai estavam a se divertir alguns garotos, jogavam futebol, riam um dos outros, corriam pra lá e pra cá, para se aquecerem um pouco. Já estava escurecendo quando suas mães os chamaram para ir para casa, porque já era hora do jantar, todos se despediram e foram.
Um jovem em particular estava pensativo quando chegou em casa, com cara de preocupado:
Ruka-Sun! O que houve com você? – pergunta sua mãe.
Nada mãe apenas, estou tendo um mau pressentimento, parece que alguma coisa está a nos olhar, não sei o que é. – respondeu o filho.
Grun Ruka-Sun, quantas vezes tenho que te falar para parar de ficar ouvindo histórias de seu avô! E esse mau pressentimento que você ta dizendo deve ser só imaginação sua, e vamos comer que amanhã será um dia longo, afinal fará 1 ano que seu pai se foi. – disse a mãe de Ruka-Sun.
Tudo bem, mãe! Vou comer, mas eu vou mais uma vez firmar o que prometi para você quando aquele Hollow maldito matou o papai, vou treinar e ficar muito forte entrar na academia shinigami, para me tornar o melhor e acabar com aquele hollow e com todos os outros que estão por aí! – disse, com lagrimas nos olhos e com muita raiva Grun Ruka-Sun.
Sua mãe o abraça, e diz para ele esquecer isso e que o hollow não vai mais aparecer ali; neste instante eles houvem um barulho muito alto, estrondoso. Grun Ruka-Sun fica em estado de choque, pois foi o mesmo barulho que houviu um ano atrás, quando foram atacados por um hollow, e quando olham para cima, lá estava ele, um enorme de horripilante hollow, com sede de energia espiritual, a mãe de Ruka-Sun manda ele correr mas ele diz que vai ficar e lutar, e ela grita com ele para ir que ela daria um jeito na situação, mesmo assim ele insiste em ficar ela o pega e o arremessa, para o porão da casa o escondendo, e volta para atacar o hollow.
A mãe de Ruka-Sun fez o que pode usou algumas técnicas que aprendeu com seu pai, que foi um shinigami, mas por motivo de saúde resolveu ficar com a família. Mas de nada adiantou, o Hollow era muito mais forte que ela e a destruiu aos poucos, e Grun Ruka-Sun, que estava preso, nada pode fazer a não ser presenciar sua mãe sendo morta aos poucos pelo mesmo hollow que matou seu pai.
Enquanto via o maldito hollow acabar com a vida de sua mãe, Ruka-sun Batia com suas mãos já ensangüentadas de tanto se esforçar para tentar abrir a porta daquele porão, mas de nada adiantou.
Enquanto o hollow rasgava sua carne e lhe devorava o corpo, a mãe de Ruka-Sun se virou, olhou pela pequena fresta que havia na madeira do chão para o rosto de seu filho, escondeu seu sofrimento e lhe disse:
-continue sendo esse garoto fantástico e maravilhoso que você é, e prometa nunca desistir de seus objetivos, meu filho.
E lhe dá um ultimo sorriso, que aos poucos vai perdendo o brilho e sua vida se esvai.
Ruka-Sun, com o rosto cheio com o sangue de sua mãe, que escorria por entre as frestas do chão, começou a chorar enquanto via o hollow terminando de devorar sua mãe.
O hollow parecia saber que havia alguém mais naquela casa, mas não foi atrás de Grun Ruka-Sun, na verdade o hollow gostava mesmo de se alimentar da dor que o jovem garoto estava sentindo, e então o hollow deu um grito de vitória e se foi.
Grun Ruka-Sun gritou!
- AAAaaaAAaaaAAAAAaaahhhhHH! Eu ainda vou te destruir, e destruir os teus, seu hollow malditoooooo!
Grun Ruka-Sun chorou durante aquela noite e adormeceu no meio de suas lagrimas de dor e ódio, quando acordou foi a manhã mais fria e escura que ele estava sentindo em seu coração, pegou algumas coisas que restaram de sua casa, e se foi, pois para ele nada mais tinha sentido, pois seus pais já não existiam mais, apenas ficaram lembranças, e Ruka-Sun tinha apenas um objetivo depois daquela noite, que era vingar seus pais, e destruir todos os hollows do mundo, principalmente aquele que matou seus pais.
Grun Ruka-Sun, saiu sem rumo e direção começou a correr, correr e correr, com lagrimas nos olhos, lembrando que neste dia fazia um ano da morte do seu pai e um dia da morte de sua mãe.
- Eu tenho de ser forte, eu tenho de ser forte, eu não posso deixar o ódio e a dor me engolirem, eu preciso continuar sendo o filho que meus pais tinham. Diz Ruka-Sun.
E Ruka-Sun corria, não percebendo que o frio que sentia não era só interior mas o inverno havia chegado no Rukongai, a neve começou a cair, e quando os flocos de neve começaram a tocar o chão e suas lagrimas começarem a gelar seu rosto, parou de correr e ficou cabisbaixo, sentado no chão, e recordou os invernos anteriores as tragédias de sua vida, que foram com seus pais, os melhores de sua vida.
Logo suas lagrimas viraram um sorriso, com as lembranças boas, Ruka-Sun parecia que estava no passado, e não percebeu que no presente a neve o encobria, e o engolia como se ele fosse parte dela, pois ele estava frio e sem vida. Quando retornou a realidade, percebe que é hora de sair e se abrigar, levanta os olhos e vê entre as nuvens, pequenos e fracos raios do Sol, e pensa consigo mesmo.
- Eu prometo papai e mamãe, que vou me tornar mais forte para vingar a morte de vocês!
E prosseguiu Grun Ruka-Sun, até achar um abrigo.
[continua, no próximo filler]
Sex Ago 21, 2009 6:57 am
