Num estranho lugar escuro, há vários anos atrás.
- Desde quando ele possui todo este poder? – Pensava um estranho, arrancar que voava o mais rápido que suas habilidades o permitiam.
Estava escuro, a visão era quase nula, não dava para entender como ele era ou de que fugia.
Do nada, o referido arrancar trava por sua velocidade ter sido ultrapassada por outro indivíduo, sendo este da mesma raça. Não dava para vê-lo bem devido a escuridão daquele local, apenas se podia visualizar o seu molde monstruoso em forma de sombra. Pela sombra, os modelos de ambos aparentavam ser semelhante devido as suas longas caudas e par de enormes asas. Uma lança de luz cresceu nas mãos do arrancar perseguidor, dando a entender agora alguns traços do seu rosto, como a pele pálida e olhos verdes.
- KSÁAAAAA!
- Citação :
- - Reiji, não! – Gritava uma mulher em lágrimas, que segurava o rapaz pelas costas.
Estava a haver um assalto a mão armada por dois homens, com a cabeça coberta com algo parecido a peúgas. Na casa habitava uma mãe, acabada de se tornar viúva devido ao primeiro homicídio dos ditos bandidos, e três jovens irmãos. Uma rapariga, cabelos longos e castanhos, de muito pouca idade e cega, um rapaz de pele extremamente branca, cabelo liso e preto pelos ombros, estatura média e olhos verdes. Parecia ser um rapaz, que aparentava ser gótico ou gostar deste estilo, tinha um olhar melancólico e aparentava ser muito reservado, mantinha-se no seu canto calado, derramando uma fonte de lágrimas pelo rosto abaixo, e, por fim, o dito Reiji, rapaz alto e loiro, que já não podia se conter depois de ver seu pai ser morto. Sua mãe agarrava-o, desesperadamente, tentando impedi-lo de cometer uma loucura.
- Juro-vos que pagarão bem caro, vou destrui-los! – Gritava o rapaz
- Cala-te Reiji, por favor, eles matam-te também. – Dizia a mãe a chorar, sem nunca largar o filho.
- Iremos pagar? E como pensas fazer isso … – Disse um deles, aproximando-se de Reiji e encostando o cano da sua pistola no meio da sua testa. –…Se vais morrer aqui, e agora?
- Hum? – Despertou um arrancar, que se encontrava escondido numa caverna escura de areia no subsolo, que acabara de acordar devido aos gigantescos passos que marchavam sobe esta. – Eles continuam a minha procura, malditos sejam. Se acham que me vou esconder para sempre estão muito enganados.
Os gigantes hollows continuavam a farejar, sabiam que estavam próximos, mas não conseguiam identificar a sua presa. Até que, do cimo de uma montanha de areia visualizem uma luz e, por toda a areia da montanha até aos seus pés, eles viram uma enorme sombra, aparentemente provinda de uma criatura monstruosa.
- Vão se embora! – Disse a voz da criatura proprietária daquela sombra.
- É enorme! Vamos sair daqui! – Diziam eles, recuando alguns passos. No entanto, a luz não durou muito tempo e, assim que apagou, aos hollow viram a verdadeira forma
daquela “criatura”, desatando-se a rir a gargalhadas.
Não passava tudo de um truque de ilusionismo conseguido graças a um pequeno cero de um minúsculo arrancar de ar infantil, inofensivo e aparência bastante cómica.
- Spoiler:
- Maldita bola estranha que se esgota tão depressa. – Pensava ele para si, acenando para aqueles hollows, forçando um pequeno sorriso, enquanto uma gota caia-lhe pela testa.
Os Hollows ainda rebolavam de tanto rir do arrancar miniatura, cuja cabeça até crescia de raiva e vergonha, fazendo crescer algumas veias ao longo da sua testa, mas exaltar-se com tanta criatura só iria fazer com que ele fosse morto, apesar de não fazer nada também não o ajudaria. Assim que a risada terminou, os hollows caminhavam lentamente, num ar extremamente assustador, na direcção daquela minúscula criatura, que recuava para trás a tremer de medo.
- V-vamos falar como gente civilizada, eu f-faço parte de uma banda jovem muito popular, vocês devem conhecer … já sei! – Exclamou ele, fazendo um bater de palmas. Os Hollows pararam de se deslocar, com um ar confuso, olhando-o com atenção. – Já sei porque me perseguem, vocês apenas queriam que eu autografasse as vossas mascaram. Vá, não façam cerimonia, façam apenas uma fila.
- Banda? Autografo? De que raio está ele a falar? – Questionou um hollow para os restantes, sem obter resposta. – Será um Reijutsu?
- Reijutsu? Que raio é isso, uma nova alcunha? – Pensou Beelzebub, aka, Reiji. Este só se recordava do seu nome humano e, quando ainda era um, todas as fãs inventavam o mais diverso e estranho tipo de alcunhas, tanto para ele como para o seu clube de fãs, tal como “Reijimania” “Reigin”, e agora parecia ser Reijutsu. – Como queiram, é um “Reijutsu”…
- Isso não…ele recordou-se! – Disseram alguns Hollows a tremer, recuando alguns passos para trás.
- Mas como vou eu dar-lhes um autógrafo, não tenho caneta…Há! Acho que aquela coisa estranha que me sai do dedo serve. – Pensou ele e voz moderada, referindo-se ao cero.
Uma bola avermelhada crescia aos poucos sobe o indicador direito, que este estendeu para o ar, fazendo com que os hollows gritassem preocupados, abraçando-se uns aos outros, abaixando-se e escondendo-se debaixo da terra. E então, “Reiji” apontou para o maior dos hollows ali presentes, com forma de cobra, lançando um cero encarnado directamente para o seu rosto. A cobra encerrou os olhos para não ver o que lhe iria acontecer, todos os outros protegiam-se para não serem projectados pela explosão e, quando ao raio atingiu a mascara do dito Hollow, este quase nem o sentiu por não passar de um mísero estoiro, tanto que nem Reiji conseguia escrever na mascara o que pretendia por esta ser demasiado dura. Aos poucos os hollows iam abrindo os olhos, olhando-se com ar de parvos.
- Apanhem-no! – Exclamaram por fim, enfurecidos.
Apesar de não entender o porquê, Reiji entendeu que sua vida estava em risco, pondo-se a correr o máximo que podia. Frente a tanta criatura, ele via-se inofensivo, podendo apenas correr e gritar como.
Um dos hollows lançou um cero, dessa vez um a serio, atingindo o solo muito perto das suas pernas, fazendo-o ir disparado pelos ares até sabe-se lá onde.
-
Porque é que isso só
acontece comigo!!! – Gritava ele, antes de desaparecer no ar da vista de todos.